Bem-estar
Caminhar nos faz mais felizes e inteligentes
03/09/2019Todos sabemos que a prática de exercícios físicos é recomendada para manter a saúde em dia. Mas, de acordo com o neurocientista Shane O'Mara, caminhar pode nos fazer mais felizes e nos deixar mais inteligentes. Isso acontece uma vez que o cérebro é estimulado, ativando nossas funções sensoriais, que são melhoradas quando exploramos o mundo ao nosso redor.
O especialista analisou uma série de artigos que acompanharam pessoas durante 20 anos, relacionando o quanto elas se movimentavam à saúde do cérebro, ao humor e à inteligência. A partir das avaliações, ele concluiu que as pessoas mais ativas tinham mudanças de personalidade menos frequentes e traços comportamentiais mais positivos, favorecendo à abertura, à extroversão e à simpatia. Já as pessoas que caminhavam menos tinham mais sintomas de depressão e queda da produtividade.
O neurocientista também afirma que caminhar favorece à criatividade, uma vez que estimula as células cerebrais. De acordo com ele, todos os tipos de ritmo se produzem no cérebro enquanto caminhamos e esssa atividade desacelera quando estamos parados. Dessa forma, a circulação sanguínea elevada pode indicar que quando estamos andando, assimilamos aprendizados com maior facilidade. Por isso, a dica para chegar no trabalho a todo vapor é trocar o carro pelos próprios pés. Seu cérebro e o planeta agradecem!
Caminhadas na floresta podem ajudar no tratamento e prevenção do câncer
Existem várias atividades que parecem recarregar nossas energias. Caminhar pela natureza é uma delas – que ainda pode trazer resultados impressionantes. Um estudo da Universidade Nippon, no Japão, descobriu que caminhadas em florestas podem prevenir ou ajudar no tratamento do câncer.
O médico e cientista Qing Li coordenou um estudo que relaciona os cheiros emitidos pela natureza à efeitos positivos na saúde. Os pesquisadores mediram as concentrações de aromas verdes nas cidades e nas florestas japonesas. Os participantes da pesquisa foram divididos entre os que caminhavam no mato e os que ficavam no espaço urbano.
O resultado foi surpreendente: aqueles que andavam 2,5 quilômetros na floresta obtiveram um alto nível de atividade nas células citotóxicas. Esse tipo de célula também é conhecida como exterminadora natural, e é responsável pelo combate de tumores e infecções virais no organismo. Além disso, a alta atividade intracelular chegou a durar mais de 30 dias em alguns casos.
Aqueles que foram expostos às caminhadas urbanas não obtiveram efeitos significativos nas células citotóxicas.
O doutor Li é especialista em imunologia, e ficou conhecido por inventar a expressão “forest bathing”, “banho de floresta” em português. Ele é responsável por uma série de pesquisas sobre os benefícios da aromaterapia e medicina preventiva.
Fonte: Revista Casa e Jardim | Por Bianca Alves
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