Plano de Fuga
4 motivos para subir a Serra Fluminense neste inverno
25/07/2019Por Calné de Oliveira
Estamos bem no meio da estação mais fria do ano, apesar do "inverno carioca" não render dias muito frios. A não ser que você resolva subir a serra, o cachecol e a touca vão continuar hibernando no seu armário! Em cidades como o Rio de Janeiro, onde os dias quentes persistem mesmo no inverno, não tem jeito. Para sentir aquele friozinho gostoso só subindo a serra.
No caso da Serra Fluminense, há muito mais do que frio esperando por você! Tem cerveja, chocolate, história e muita natureza exuberante aguardando você, com atividades que podem ser feitas por toda a família, em um único dia ou em um fim de semana.
Para nós que vivemos no rítmo de uma metrópole como a cidade do Rio de Janeiro, com sua agitação, trânsito barulhente, estresse do trabalho e poluição, passar um ou dois dias na serra pode ser revigorante. Ajuda a encarar a rotina na semana seguinte.
Pensando nisso, preparamos 4 motivos que vão além do friozinho, para você subir a Serra Fluminense e viver dias ou horas inesquecíveis e relaxantes. Vamos conferir?
Museu Imperial, em Petrópolis
Cheia de atrativos culturais e históricos, Petrópolis é uma boa opção para quem deseja passar um fim de semana na Serra. O Museu Imperial possui o principal acervo do país relativo ao Império Brasileiro, em especial o chamado Segundo Reinado, período governado por D. Pedro II.
Caminhar pelos salões do palácio do Museu Imperial – antigo refúgio da família imperial durante os meses de verão –, é como viajar para dentro de um livro de história. Um dos tronos usados por D. Pedro II está na Sala de Estado – a sensação é de que o imperador pode entrar ali a qualquer momento.
O museu reúne também relíquias como móveis, joias e documentos do Segundo Reinado (1840/1889). No salão anexo, há carruagens e a locomotiva que fazia o trajeto Rio de Janeiro x Juiz de Fora pela Estrada de Ferro Mauá. O jardim valoriza ainda mais a construção.
Na sala das joias é impossível não se impressionar com o cetro feito para a sagração de D. Pedro I, com a coroa de brilhantes e pérolas de D. Pedro II ou com a pena de ouro e rubis usada pela Princesa Izabel para assinar a abolição da escravatura. É uma pena que todas estas relíquias não possam ser fotografadas. As fotos são permitidas apenas do jardim, com a imponente fachada ao fundo.
Além do circuito de visitas dentro do museu, há o espetáculo Som e Luz, que conta a história de D. Pedro II (quinta a sábado, às 20h, R$ 20), e o Sarau Imperial, uma dramatização de 45 minutos que simula uma conversa entre a Princesa Isabel e seus amigos, entre músicas e poesias (sexta a sábado, das 18h30, R$ 16).
A entrada para o museu custa R$ 10 e os jardins do museu têm entrada gratuita de terça a domingo, das 8h às 18h. As visitas não são guiadas, mas há painéis explicativos nas salas. Na entrada você retira um folheto com o mapa da construção.
Uma dica pessoal é, depois de visitar o museu, dar uma paradinha no Duetto´s Café e Bistrô, instalado no charmoso Jardim do Museu Imperial, em um espaço aconchegante com decoração estilo retrô, onde são servidos várias opções de cafés, chás, chocolates, drinques gelados (não alcoolicos) a base de café e chocolate, além de cervejas locais, vinhos, entre outros. Para acompanhar, servem entradinhas, salgados, sanduíches e as famosas Torradas Petrópolis com geléias artesanais, bolos caseiros, tortas, brownie e várias outras sobremesas. Os visitantes ainda podem levar os tradicionais biscoitos amanteigados de Petrópolis, compotas de doces e geléias caseiras, chocolates, cachaças, licores, todos produzidos artesanalmente na região, além de Artesanatos local.
Caso prefira pernoitar na cidade para conhecer outros pontos turísticos de Petrópolis, há inúmeras opções de hotéis e pousadas. Uma boa opção é aproveitar para dar uma esticada até a charmosa Itaipava, conhecida como importante Polo Gastronômico da região (Leia também: Itaipava, um destino de charme na região serrana do Rio.
Serviço
Bilheteria: de terça a domingo, das 10h às 17h
Jardins: de terça a domingo, das 7h às 17h30
Atendimento nos setores técnicos: de segunda a sexta, das 13h30 às 17h30, e na parte da manhã, mediante agendamento prévio.
Estudantes, professores e maiores de 60 anos: R$ 5,00
Gratuidade: Brasileiros maiores de 80 anos e menores de 7 anos, guias de turismo com registro no Cadastur e portadores de necessidades especiais.
Vila St. Gallen, em Teresópolis
No topo da Serra Verde Imperial, estado do Rio de Janeiro, Teresópolis é um dos destinos preferidos dos cariocas. Por ter um dos climas mais agradáveis do Brasil, a cidade reúne estilos variados de turistas em todas as estações do ano. Além das montanhas que a cercam e abrigam o principal cartão-postal, o pico Dedo de Deus, a 1.692 metros de altitude, Teresópolis foi escolhida como sede dos treinos da CBF.
Neste clima maravilhoso de montanha se encontra a cervejaria Vila St. Gallen, que já se tornou um dos principais pontos turísticos de Teresópolis. Réplica de uma pequena cidade homônima localizada na Suíça alemã, o espaço é composto por uma vila com capelinha, rua de comércio e restaurantes.
A Vila St. Gallen é um espaço destinado à experiência dos amantes da cerveja com os múltiplos estilos da bebida e as diversas formas de harmonizá-la. Para tanto, este universo conta com três ambientes gastronômicos. No próprio galpão da Cervejaria Sankt Gallen, o Therezópolis Brewhouse é um espaço que oferece uma gastronomia tipicamente alemã, com um mezanino dedicado aos que preferem apreciar sua cerveja. Há também a Trattoria, em um ambiente diferenciado e inspirado no inicio do século passado com o melhor da culinária italiana. Uma experiência única de sabores e temperos! Para finalizar o universo gastronômico do local, há a Abadia, inspirada no refectorium do Mosteiro de St. Gallen fundado em 613 D.C nas montanhas da antiga Germânia, hoje Suíça. No restaurante, a culinária de montanha oferece deliciosas fondues, servidas em um ambiente acolhedor.
Mas, a Vila não se restringe aos prazeres da degustação e da harmonização. O visitante terá opções de lazer, ou participar de uma visita guiada para aprender como se produz uma cerveja Puro Malte, conhecendo a história, os ingredientes, os processos de cozimento e maturação da bebida na própria Cervejaria Sankt Gallen, além de participar dos diversos rituais que enaltecem a cultura cervejeira e garantem a alegria constante do público.
Outra atração da Vila St. Gallen é o Biergarten, um espaço bucólico para quem gosta de apreciar uma boa cerveja enquanto contempla o céu e as montanhas de Teresópolis. Lá você encontra uma Vila Germânica, com jardins, confortáveis mesinhas, uma linda capela, um acolhedor Café, loja de souvenirs com lembranças e presentes da Cervejaria Sankt Gallen, além de um Delicatessen.
Serviço
Aos sábados: 13h | 15h | 17h30 | 19h30
Aos domingos: 12h30 | 14h30
Parque ecológico Cão Sentado, Nova Friburgo
Fundada em 1818 por imigrantes suíços, Nova Friburgo fica localizada no centro do Estado do Rio de Janeiro, na Serra Verde Imperial, a 142 km da capital, em meio a uma área preservada de mata atlântica e cercada por parques estaduais. Reconhecida nacionalmente como a capital da moda íntima, Friburgo oferece também um polo gastronômico cosmopolita, fruto da colonização eclética de diversos países que escrevem a história da cidade até hoje.
Além de história e boa gastronomia, também é possível apreciar a natureza da região visitando o parque ecológico Cão Sentado, em Nova Friburgo. A pedra, que mede 111 metros, é acessível depois de uma caminhada de um quilômetro em meio a grutas e cavernas. A formação fica a 1.100 metros de altitude, descortinando boa parte da cidade.
O parque é uma Unidade de Conservação privatizada e tem como principal objetivo à preservação dos ecossistemas presentes na pequena área da Mata Atlântica, proporcionando aos visitantes atividades de lazer e esportes. Vale a pena conferir a paisagem do mirante, onde se pode apreciar a Pedra do Cão Sentado.
O Parque Cão Sentado é dividido nas seguintes áreas:
- Praça de Alimentação – Onde se localiza o restaurante e lanchonete com vista para o lago.
- Área do Pesque-Pague – Estas áreas são restritas para pesca esportiva e têm regras específicas de uso e capacidade máxima de pescadores estabelecida.
- Trilhas, Grutas e Cavernas – Acesso ao Mirante do Cão Sentado através de caminhada. Existem normas específicas de uso e capacidade máxima para grupos.
- Áreas de Montanhismo - Estas áreas são restritas aos esportistas com conhecimento de escaladas ou para grupos de escaladores acompanhados de um condutor.
- Áreas de Preservação Ambiental – Não permitidas aos visitantes, são as áreas de preservação da fauna e flora nativas.
- Jardins – Áreas que foram projetadas com a introdução de espécies exóticas e da flora tropical, porém não nativas.
O que levar
Repelente, dinheiro (não aceitam cartões), protetor solar e dinheiro para pagar a taxa de R$15.
Atividades
Arvorismo, rappel, muro de escalada, pesque e devolva, escalada em rocha (somente para alpinistas).
Se você gosta de trilhas, esportes radicais, grutas e vistas deslumbrantes, este é um passeio apropriado. Não espere encontrar dentro do parque boa gastronomia, espaços confortáveis e comodidades. O passeio é para quem curte um dia integrado com a natureza. Deixe outras comodidades para quando retornar à cidade, onde há excelentes opções gastronômicas e polos de consumo.
Horário de Funcionamento: sábado e domingo de 9h às 17h30.
Penedo
Dos quatro roteiros que preparei, Penedo e Friburgo tem quase a mesma distância da cidade do Rio de Janeiro, sendo também os mais distantes. Por causa disso, pode ser cansativo fazer o roteiro em apenas um dia, no que chamamos de bate-e-volta. Na verdade, o melhor para aproveitar cada um deles é usar o fim de semana, mas, Teresópolis e Petrópolis, por exemplo, dá para curtir em um dia.
Mas, voltando a Penedo, a origem finlandesa deste pequeno vilarejo já é razão suficiente para uma visita. Em Penedo, as referências à cultura nórdica estão por todo lado, sobretudo, na Pequena Finlândia: um conjunto de lojas com prédios de arquitetura enxaimel, que vende chocolates e artesanatos típicos – ali há até a Casa do Papai Noel.
No Museu Eva Hilden é possível conhecer a história dos primeiros imigrantes que chegaram ali em 1929, enquanto no Clube Finlândia, no primeiro sábado do mês, rolam animados bailes de polca.
Nos arredores da vila, é possível visitar algumas cachoeiras, como a da Lontra e a Três Bacias, de quadriciclo ou a cavalo.
Veja 10 motivos para vir e voltar a Penedo:
O espetacular Baile Finlandês de Penedo: Absolutamente único em todo o planeta, mistura danças finlandesas antigas com músicas e ritmos modernos no Brasil e do mundo, de forró pé de serra a rock’n roll. No meio do baile costuma haver uma linda apresentação do grupo Amigos da Dança Folclórica de Penedo, cujos integrantes usam trajes típicos, também de antigamente, da Finlândia. Os frequentadores mais assíduos adoram ensinar aos turistas alguns passos de polca e mazurca.
Museu Eva Hilden da Arte e da Cultura Finlandesa: O acervo reúne centenas de objetos trazidos da Finlândia pelos imigrantes desde o começo da colonização finlandesa de Penedo, artesanato e obras de arte que contam a história da única colônia finlandesa do Brasil e muita informação sobre as mais antigas tradições finlandesas e sobre a Finlândia moderna.
Pequena Finlândia e Casa de Papai Noel: A casa de verão do Bom Velhinho é a única filial da Casa de Papai Noel da Finlândia no Hemisfério Sul, e tem dentro, além do ilustre morador, um trenó centenário trazido da Lapônia. A casa fica em um shopping temático que reproduz em Penedo uma vila com arquitetura típica das cidadezinhas do interior da Finlândia.
A legítima Sauna finlandesa: Em Penedo foi construída a primeira sauna do Brasil, pelos imigrantes finlandeses. Vários hotéis e pousadas de Penedo mantêm entre suas comodidades a legítima sauna finlandesa, onde o calor é produzido pelo próprio hóspede, dentro da sauna, jogando-se água fria sobre as pedras aquecidas pelo forno de lenha, e fazendo assim subir o löyly, o “espírito da sauna”, o vapor d’água que vai determinar sua temperatura e nível de umidade.
Guloseimas finlandesas: Penedo tem um dos maiores pólos gastronômicos encontrados entre o Rio de Janeiro e São Paulo, onde a estrela maior é a truta da Mantiqueira, mas sua maior particularidade culinária é mesmo o rico cardápio de guloseimas finlandesas. Algumas dessas guloseimas, como o mango chutney da colônia e o biscoito de gengibre piparkakku, ainda são feitas nas cozinhas das senhoras imigrantes e encontradas nos melhores empórios de Penedo. Outras, como o pão doce pulla e o pãozinho de canela korvapuusti, enriquecem os cafés da manhã de alguns dos nossos melhores hotéis e pousadas. E pelo menos uma cafeteria de Penedo serve o arroz doce com damasco riisipuuro.
Pólo de cervejas artesanais: Penedo vem se tornando nos últimos anos um prestigiado centro de microcervejarias artesanais. São hoje três os restaurantes de Penedo que produzem, in loco, suas próprias cervejas, algumas delas premiadas, e tudo indica que mais?—?mais prêmios e, o mais importante, mais cervejas feitas à mão?—?podem estar por vir.
O Parque Nacional do Itatiaia: O primeiro parque nacional do Brasil fica a apenas meia hora de Penedo. A parte baixa tem centro de visitantes com museu da flora e da fauna, trilhas pitorescas e belíssimas cachoeiras, como a do Véu da Noiva. Na parte alta, mais distante, mas não tanto, fica nada mais, nada menos do que o pico das Agulhas Negras, ponto culminante do estado do Rio de Janeiro e sexto mais alto do Brasil.
As cachoeiras do ribeirão das Pedras: O ribeirão que corta Penedo desce do Parque Nacional do Itatiaia e se despenca em várias quedas d’água desde a parte alta da vila, como as Três Bacias, Três Cachoeiras e a Cachoeira de Deus. O ribeirão forma ainda algumas lindas piscinas naturais, como o Poção Esmeralda. No verão é acirrada, acirradíssima, a disputa por um lugar às pedras, e ao sol.
A fantástica da fauna da Mata Atlântica: O ouriço-cacheiro, o tucano-de-bico-verde, o esquilinho caxinguelê, o lagarto teiú, e o jacu-do-mato são alguns do animais silvestres da Mata Atlântica que podem ser vistos facilmente em Penedo por quem é mais atento à surpresas que vêm da mata, e menos às novidades das vitrines.
Frio, friozinho, friozão: O planalto do Parque Nacional do Itatiaia, bem aqui ao lado, é considerado hoje a região mais fria do Brasil. No inverno, o frio, às vezes de dois dígitos negativos, desce as montanhas da Mantiqueira e chega aqui em Penedo já positivo, é claro, mas às vezes nem tanto, principalmente nas partes mais afastadas do centrinho. E mesmo no verão os mais friorentos se valem de mangas compridas nas primeiras horas da manhã.
(Fonte: www.penedo.com)
PENEDO | Distância do RJ: 176 km - Do Rio, siga pela Dutra no sentido São Paulo. Pegue a saída do km 311, no trevo de Penedo.
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